Na Grécia Antiga, pensadores como Hipócrates, Platão, Aristóteles e os estóicos já reconheciam a profunda ligação entre corpo e mente, defendendo que desequilíbrios emocionais e perturbações da alma podiam afetar diretamente a saúde física. Para eles, o corpo adoecia em resposta a estados internos mal resolvidos, e a harmonia entre corpo e alma era essencial para o bem-estar.
Diversos autores ao longo do desenvolvimento da psicologia aprofundaram a compreensão das doenças psicossomáticas. Freud, ao estudar a histeria, identificou que sintomas físicos sem causa médica concreta poderiam representar conflitos inconscientes, inaugurando a ideia do corpo como expressão do inconsciente. Groddeck ampliou essa visão ao afirmar que todas as doenças têm origem psíquica, sendo o "Isso" a força que comanda tais manifestações. Franz Alexander, por sua vez, relacionou doenças específicas a conflitos emocionais precisos, como a raiva reprimida se expressando em dores musculares ou hipertensão.
Outros teóricos também contribuíram com interpretações importantes. Winnicott destacou que falhas nos cuidados iniciais impedem a simbolização do sofrimento, levando o corpo a manifestá-lo diretamente. Pierre Marty apontou que indivíduos com dificuldades de elaborar emoções recorrem ao corpo como meio de expressão, fenômeno chamado de pensamento operatório. Já Wilhelm Reich propôs que tensões musculares crônicas – a "couraça muscular" – representam emoções reprimidas, tornando o corpo um verdadeiro repositório da história emocional do sujeito.
Fibromialgia: caracterizada por dores musculares generalizadas, fadiga e distúrbios do sono. Muitos estudos associam essa condição a traumas emocionais, estresse crônico e repressão emocional.
Dores crônicas de tensão (ombros, costas, pescoço): geralmente ligadas a sobrecarga emocional, ansiedade e dificuldades de expressão.
Bruxismo (ranger de dentes): ocorre especialmente durante o sono e está ligado à raiva reprimida, estresse e controle emocional excessivo.
Distonias e espasmos musculares: podem ser respostas físicas a traumas psicológicos ou ansiedade intensa.
Ao longo da história do pensamento ocidental, do filósofo grego ao psicanalista contemporâneo, a ideia de que o corpo pode refletir os conflitos da mente tem se mostrado não apenas plausível, mas fundamental para uma compreensão integral do ser humano. A psicossomática, especialmente no contexto do sistema muscular, revela que o corpo pode gritar aquilo que a alma cala, transformando tensões emocionais não simbolizadas em sintomas físicos concretos. Reconhecer essa dinâmica é essencial para que o cuidado à saúde vá além da medicina tradicional, promovendo uma escuta mais ampla e humana do sujeito.
Um levantamento do Ministério da Saúde revelou que, entre 2007 e 2016, foram registrados 67.599 casos de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e DORT entre trabalhadores brasileiros, representando um aumento de 184% no período.
A Psicologia Corporal é uma abordagem terapêutica que entende o corpo, a mente e a energia como uma unidade. Ela parte do princípio de que emoções ficam registradas no corpo como tensões (as “couraças”), afetando a saúde. A terapia busca liberar essas tensões para promover equilíbrio e bem-estar, usando técnicas como leitura corporal e massagem reichiana.
Conflitos emocionais vividos ao longo da vida ficam registrados na mente e no corpo, causando tensões e rigidez. A Psicologia Corporal busca desbloquear essas marcas por meio de técnicas que envolvem o corpo e a fala, permitindo que o paciente libere emoções e memórias reprimidas. Isso promove bem-estar físico, emocional e energético.
O sistema muscular permite que o corpo se mova, mantenha a postura e funcione bem. Com mais de 600 músculos, ele atua junto com ossos, nervos e articulações. Além disso, ajuda a regular a temperatura corporal ao produzir calor durante as contrações.
O corpo tem três tipos de músculos: os esqueléticos, que movem o corpo de forma voluntária; os lisos, que controlam automaticamente funções dos órgãos internos, como a digestão; e o cardíaco, que mantém o coração batendo de forma rítmica e contínua.
O tratamento multidisciplinar reúne profissionais de diferentes áreas da saúde que trabalham juntos, de forma integrada, para cuidar do paciente como um todo — não só dos sintomas, mas da pessoa por completo.
A abordagem multidisciplinar amplia a compreensão do problema, combinando saberes de várias áreas para oferecer diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados. Isso melhora os resultados e garante um cuidado mais humano, que considera o paciente por inteiro — corpo, mente e contexto de vida.
O tratamento multidisciplinar traz benefícios como mais autoconhecimento, decisões terapêuticas mais eficazes e melhores resultados na saúde. A troca entre profissionais evita erros e faz o paciente se sentir mais acolhido, já que sua saúde é vista de forma completa e integrada.
O tratamento multidisciplinar traz benefícios como mais autoconhecimento, decisões terapêuticas mais eficazes e melhores resultados na saúde. A troca entre profissionais evita erros e faz o paciente se sentir mais acolhido, já que sua saúde é vista de forma completa e integrada.
As doenças psicossomáticas, como dores musculares causadas por estresse ou traumas, mostram como mente e corpo estão conectados. O tratamento multidisciplinar — com psicólogos, fisioterapeutas e médicos — ajuda tanto a aliviar os sintomas quanto a melhorar de forma duradoura a qualidade de vida do paciente.
Ao longo da história do pensamento ocidental, do filósofo grego ao psicanalista contemporâneo, a ideia de que o corpo pode refletir os conflitos da mente tem se mostrado não apenas plausível, mas fundamental para uma compreensão integral do ser humano. A psicossomática, especialmente no contexto do sistema muscular, revela que o corpo pode gritar aquilo que a alma cala, transformando tensões emocionais não simbolizadas em sintomas físicos concretos. Reconhecer essa dinâmica é essencial para que o cuidado à saúde vá além da medicina tradicional, promovendo uma escuta mais ampla e humana do sujeito.
Somos um grupo de estudantes do 1º semestre de Psicologia do Centro Universitário Ítalo Brasileiro (Unitalo). Este trabalho, desenvolvido na disciplina de Anatomia sob orientação da professora Thaís, temos como foco as doenças psicossomáticas relacionadas ao sistema muscular humano, explorando a conexão entre corpo e mente desde uma perspectiva anatômica e psicológica.